Alice, Sweet Alice (1976) – Direção: Alfred Sole

 

 






 

Halloween (1978) consolidou o slasher como um subgênero nos EUA. Porém, vários países já estavam fazendo filmes do tipo desde Psicose (1960) e, apesar do longa de John Carpenter ter sido escolhido como o  marco zero desse movimento cinematográfico, muitas dessas películas já apresentavam vários elementos que se popularizaram após o lançamento de Halloween. Alice, Sweet Alice (1976) é um desses exemplares. Dois anos antes do assassino Michael Myers surgir, uma assassina mascarada causava terror em uma cidadezinha dos EUA.

 

A história do filme é instigante. Alice (Paula Sheppard) é a filha mais velha de um casal divorciado. Ela detesta sua irmã menor, Karen (Brooke Shields), a qual é bajulada pela mãe. Quando Karen é encontrada morta durante uma cerimônia de primeira comunhão, Alice torna-se a principal suspeita. Outros crimes começam a acontecer, todos protagonizados por uma mulher que usa uma máscara e uma capa de chuva amarela. Para piorar a situação, Alice sempre está próxima do local onde os assassinatos ocorrem. 

Paula Sheppard pode até não ter dado certo em Hollywood como atriz,  mas é impressionante o quanto essa menina mergulhou na personagem. Ela tem um talento nato! Mostrou uma força "diabólica" em cena. A sua atuação mistura vulnerabilidade, inocência e perversidade. É quase inacreditável que Alice, Sweet Alice tenha sido o seu filme de estreia, pois ela tem uma presença cênica de atriz veterana.  E o mais curioso é que ela era somente uma estudante que nunca tivera qualquer experiência como atriz. Foi recrutada pelo diretor Alfred Sole durante um passeio. E mesmo com o sucesso do filme, ela participaria somente de mais um longa. Ela nunca teve interesse em continuar atuando.

Como falei no texto anterior sobre Audrey Rose, muitos filmes de horror com a temática religiosa foram lançados após o sucesso de O Exorcista. O background de Alice, Sweet Alice também é o Catolicismo. Porém, é necessário dizer que a abordagem é feita de forma original. É um ótimo roteiro.
















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